sábado, 20 de novembro de 2010

Quase um conto

















Quase um conto

É madrugada, chove forte, relâmpagos rasgam o céu negro
como se fossem traços de neon. Deitado no sofá, com olhar perdido,
crio fantasmas e sorrio de mim mesmo, do barulho da chuva forte.
Faço pesadelo.
Imagino um bando de pássaros no telhado, cantando a noite,
todos ao mesmo tempo, tirando o sono dos inocentes que dormem.
Meus olhar desvia para uma tapeçaria indiana e viajo em cada canto
dela, é incrível, é linda. E aos poucos a chuva que cai no telhado me
trás uma calma imensa, experimento uma paz gostosa e necessária.
Mesmo estando sozinho, eu já não me sinto só, e nem mais percebo
o barulho dos trovões que antes me incomodavam, tudo é paz.
Sinto saudades de meus parentes na Europa e América do norte,
recordo de nossos Natais juntos, quando morávamos no mesmo edifício.
Juntávamos todos em um só apartamento eram natais lindos, sorríamos
e brincávamos demais.
E penso, o que estariam fazendo neste momento?
Mas o sono proporcionado pelo dia exaustivo toma conta de mim.
Vou me deitar, ter uma noite reparadora, para mais uma jornada, afinal,
está quase dia claro e logo terei de trabalhar.
Mas esperarei a próxima chuva que será breve eu sei.

Joe Luigi